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Património Cultural e Imaterial da Humanidade
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O que é o FADO?
Geralmente cantado por uma só pessoa (fadista) acompanhado por uma guitarra clássica (nos meios fadistas denominada por "viola") e uma guitarra portuguesa, o FADO é um estilo musical português.
Embora a sua origem seja ainda objeto de debate, enquanto canção popular urbana, desenvolveu-se sobretudo a partir de Lisboa, no final do século XIX.
O FADO foi elevado à categoria de Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO numa declaração aprovada no VI Comité Intergovernamental da UNESCO realizado em Bali na (Indonésia) em Novembro de 2011.
Apesar de não existirem registos do FADO até ao início do século XIX, era conhecido no Algarve, último reduto dos árabes em Portugal em 1249 e na Andaluzia onde os árabes permaneceram até aos finais do século XV.
Uma explicação popular para a origem do FADO de Lisboa remete para os cânticos dos mouros, no entanto, tal explicação não está inteiramente comprovada.
Essencialmente, a origem do FADO é ainda desconhecida, mas surge no rico caldo de culturas presentes em Lisboa, sendo por isso uma canção urbana.
A origem histórica do FADO é incerta, sendo resultado de uma fusão histórica e cultural que ocorreu em Lisboa na segunda metade do século XIX (embalado nas correntes do romantismo: melopeia exprimindo a tristeza de um povo, a sua amargura pelas dificuldades que vive, mas capaz de induzir esperança), tornando-se rapidamente expressão musical tipicamente portuguesa.
Ligado às tradições académicas da respectiva Universidade, o FADO de Coimbra tem as suas origens trovadoresca nos estudantes de todo o país que levavam as suas guitarras para Coimbra, sendo exclusivamente cantado por homens usando o traje académico.
Canta-se à noite, quase às escuras, em praças ou ruas da cidade sendo tradicional organizar serenatas, em que se canta junto à janela da casa da dama que se pretende conquistar.
O FADO de Coimbra é acompanhado igualmente por uma guitarra de Coimbra e uma guitarra clássica (nos meios fadistas denominada por "viola"). No entanto, a afinação e a sonoridade das guitarras são em Coimbra, diferentes das do fado de Lisboa na medida em que as cordas são afinadas um tom abaixo e a técnica de execução é diferente por forma a projetar o som do instrumento nos espaços exteriores.
Dos cantores ditos "clássicos", destaca-se Augusto Hilário, António Menano, Edmundo Bettencourt.
No que respeita à guitarra portuguesa, Artur Paredes revolucionou a afinação e a forma de acompanhamento da Canção de Coimbra, associando o seu nome aos cantores mais progressistas e inovadores.
O seu filho Carlos Paredes, seguiu e ampliou de tal forma a versatilidade da guitarra portuguesa, que a tornou um instrumento conhecido em todo o mundo.
Saudades de Coimbra ("Do Choupal até à Lapa"), Balada da Despedida do 6.º Ano Médico de 1958 ("Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida"), Fado Hilário e Samaritana, são algumas das mais conhecidas canções de Coimbra.
A canção mais conhecida é "Coimbra é uma lição", que teve um êxito assinalável em todo o mundo levada pelas mãos de Amália...
Fado Alcântara,
Fado aristocrata (iniciado por Maria Teresa de Noronha, e progredido por membros da sua família),
Fado Bailado,
Fado Flamenco,
Fado Batê,
Fado-canção,
Fado Castiço (Fado tradicional dos bairros típicos de Lisboa),
Fado Corrido (Caracterizado por ser um fado alegre, desgarrado e dançável),
Fado experimental (dentro do "fado do milénio" atinge o auge com Mísia e dentro do "Fado Em Concerto" atinge o auge com Yolanda Soares),
Fado Lopes,
Fado Marcha Alfredo Marceneiro (criado por Alfredo Marceneiro),
Fado da Meia-noite (criado por Felipe Pinto),
Fado Menor (caracterizado por ser um fado melancólico, triste e saudoso),
Fado Mouraria,
Fado Pintadinho,
Fado Tango (criado por Joaquim Campos),
Fado Tamanquinhas,
Fado Vadio (Fado não-profissional),
Fado Vidualeiro (Fado tocado na aldeia do Vidual, Miranda do Corvo),
Rapsódia de fados (Justaposição ou mescla de melodias (fados) tradicionais ou populares) e
Fado Marialva (caracterizado por ser um fado alegre referente à tradição tauromáquica, como por exemplo "Cavalo Ruço", "Campinos do Ribatejo" ou "Fado das Caldas").
Ada de Castro, Alfredo Marceneiro (1888-1982), Amália Rodrigues (1920-1999), António Rocha, Argentina Santos, Beatriz da Conceição (1939-2015), Berta Cardoso (1911-1997), Carlos do Carmo (1939-2021), Carlos Ramos (1907-1969), Carlos Zel (1950-2002), Celeste Rodrigues, Ercília Costa (1902-1985), Fernanda Maria, Fernando Farinha (1928-1988), Fernando Maurício (1933-2003), Hermínia Silva (1907-1993), João Braga, João Ferreira Rosa (1937-2017), Lucília do Carmo (1919-1998), Manuel de Almeida (1922-1995), Maria Alice (1904-1996), Maria Amélia Proença, Maria José da Guia (1929-1992), Maria Teresa de Noronha (1918-1993), Max (1918-1980), Rodrigo, Tony de Matos (1924-1989), Tristão da Silva (1927-1978), Vicente da Câmara (1928-2016).
André Ramos, Ângelo Freire, Armandinho (1891-1946), Artur Caldeira, Bernardo Couto, Carlos Manuel Proença, Diogo Clemente, Domingos Camarinha (1915-1993), Franc. P. Andion "Paquito" (1935-2004), Francisco Carvalhinho (1918-1990), Jaime Santos (1909-1982), Joel Pina, José Fontes Rocha (1926-2011), José Inácio (1928-2005), José Luís Nobre Costa (1948-2014), José Manuel Neto, José Nunes (1916-1979), Júlio Gomes (1912-1993), Luís Guerreiro, Martinho d' Assunção (1914-1992), Paulo Parreira, Pedro de Castro, Raul Nery (1921-2012), Ricardo Parreira, Ricardo Rocha.
No início do século XXI e após um longo período de estudo e investigação, o FADO é inscrito na lista do património cultural imaterial da humanidade.
Apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa através da EGEAC/Museu do Fado no mês de Junho de 2010, a candidatura do FADO foi distinguida num grupo restrito de sete candidaturas consideradas "exemplares" pela UNESCO, do ponto de vista da sua concepção, preparação, apresentação e argumentação.
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O site FadoOnLine.com foi criado por José Carlos Lopes Silva como fruto da formação "FADO - Aproximação e Aplicabilidade nas Práticas Educativas", dinamizada pelo formador Professor Artur Caldeira em Março de 2025.
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